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_modificando um ambiente

Para o desenvolvimento do segundo projeto proposto na aula de design e expansão dos sentidos continuei minha pesquisa voltada para a relação entre o ambiente e o homem, buscando novas maneiras de traduzir as interferências de um corpo em movimento na forma como o ambiente se apresenta, seja com imagens, sons ou formas.

 

O primeiro projeto que utilizei como referência foi o do pixelbots, desenvolvido pela Disney Research. Ele consiste no desenvolvimento de pequenos robôs móveis equipados com um display de luz de led. Eles são usados para materializar no espaço uma imagem ou forma desenhada no programa ou uma sequencia de imagens/keyframes, o que faz com que os pixelbots se movimentem e animem as imagens geradas digitalmente. Esses robôs são programados para compreenderem sua posição espacial e se organizarem de maneira inteligente afim de reproduzir as imagens geradas. No vídeo a seguir é possível visualizar melhor como esse projeto funciona.

O programa permite que o controlador determine a velocidade com que os pixelbots se movimentam, que ele compreenda aonde os outros pixelbots estão localizados, ajustando parâmetros de alinhamento, evitando colisões e a proximidade/separação de cada robô dos demais.

 

O segundo projeto descoberto também utiliza robôs semelhantes ao pixelbot, mas estes são equipados com câmeras capazes de realizar leituras tridimensionais de um espaço. Os Sensor Robots capturam modelos 3D de ambientes externos ou internos e as atividades que acontecem nesse espaço. Os três principais parâmetros do projeto são o uso de robôs euipados com câmeras/sensores, infraestrutura inteligente, utilizando equipamentos wireless que permite que esses robôs se movimentem livremente no espaço e a modelagem do ambiente para que os robôs compreendam o contexto físico que estão inseridos.

 

O terceiro projeto pesquisado se relaciona mais com a alteração física de uma superfície e sua aparência. O Exoskin, desenvolvido pela MIT, consiste em materiais programáveis – com aspecto de membranas rígidas – que podem expandir, sentir, reagir e computar movimentos. Há pouca informação sobre o real funcionamento desse projeto, entretanto ele mostra que a partir de um programa onde é possível mapear as áreas da superfície maleável. Agindo como a membrana de pulmões por exemplo, a superfície se expande ou retrai com o fluxo de ar. Esse movimento pode ser programado ou ser uma resposta a um estímulo de pressão sobre determinada área do material. No vídeo a seguir é possível visualizar melhor o funcionamento do Exoskin.

 

Outro projeto pesquisado como referência foi o Eletric Flora, desenvolvido pela Disney Research que consiste em uma instalação que permite, através de conceitos de energia eletrostática, gerar luz no ambiente projetado. Utilizando conceitos de carga eletromagnética de materiais, movimento e a eletrostática do corpo humano, o projeto permite que a pessoa que está interagindo com o ambiente acenda objetos equipados com luzes de led. O chão e o teto do ambiente são revestidos de Téflon, o participante calça um chinelo de papelão revestido também com Téflon e, conforme ele se movimenta no espaço, o atrito entre as superfícies e com essa carga acumulada gerada pela repetição do movimento cria-se uma diferença potencial elétrica entre o chão e o corpo do usuário. Ao tocar a ponta conduíte de um dos objetos pendurados, o LED presente nele se acende devido ao fluxo de carga entre o corpo e o LED.

 

A ideia com essas pesquisas era entender outras maneiras diferentes de modificar e perceber o ambiente, mas ainda focando no movimento do corpo como fonte de parâmetros para essa mudança.


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