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_invisível


reflexões sobre o texto "The world is not a desktop", de Mark Weiser (https://www.nextnature.net/2006/08/the-world-is-not-a-desktop/).

 

na opinião do autor, o futuro das tecnologias interativas é que estas se tornem cada vem mais imperceptíveis ao uso. e que o foco do usuário seja a ação realizada e não a aparência ou interface do produto, tornando-o invisível ao uso.

deve-se levar em consideração que é crescente a aproximação das novas tecnologias às tarefas realizadas no dia a dia. cada vez mais utilizamos diferentes objetos tecnológicos para auxiliar e facilitar estas. e muitos desses objetos que antigamente possuíam apenas uma função (por exemplo, relógio/apple watch) hoje em dia apresentam várias tarefas agregadas.

celular, relógio, computador, televisão, telefone, óculos, tablet, carro, geladeira, rádio, para citar apenas alguns dos muitos produtos com interface digital que podem ser usados por uma pessoa durante o seu dia, com diferentes funções atribuídas à eles e com estética atraente e interface sofisticada. se pensarmos que cada um deles possui sua própria interface e linguagem e exige do usuário uma maneira específica de interação (por mais que possibilitem personalizações), o objetivo deles que era simplificar tarefas cotidianas é quase que anulado. temos que aprender a interagir com esses objetos, a ler suas interfaces e compreender seu funcionamento. para cada um deles. muito porque hoje ainda se pensa no objeto de desejo. a experiência do usuário ainda se pauta nas significações que a estética do objeto possui.

segundo Weiser, deveríamos focar na tarefa realizada e como tornar esse objeto cada vez mais invisível à nós. inteligência artificial e automação de determinadas tarefas por parte destes objetos é uma maneira de aproximar-se dessa realidade. pensar em interfaces mais próximas às tarefas automáticas e intuitivas que o ser humano desempenha é outra (os sentidos, por exemplo).

para mim, o futuro das mídias digitais e das tecnologias interativas está em olhar atentamente para o ser humano. compreender o corpo, as ações e como elas se dão, trazer mais organicidade para dentro dessas tecnologias. por exemplo, um botão não precisa se parecer com um botão para estimular o toque do usuário, ele pode estar associado às sensações e induzir o uso de maneira subliminar. o usuário aprende a usar os produtos através de suas próprias percepções e passa a realizá-las de maneira intuitiva.

 


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